O Facebook e o Instagram estão empregando uma estratégia astuta para obter informações dos usuários do iPhone da Apple, conforme indicado por dois novos processos judiciais movidos contra a Meta, empresa controladora das redes sociais.
Segundo as informações, a Meta tem inserido um código de rastreamento javascript em sites acessados pelos usuários por meio dos navegadores nos aplicativos do Facebook e Instagram para iOS, sem a autorização dos usuários.
Em 2021, a Apple implementou a sua nova política de privacidade, chamada App Tracking Transparency (ATT), que requer que os desenvolvedores de aplicativos solicitem permissão aos usuários para rastrear seus dados. Devido a essa mudança, as grandes empresas de tecnologia perderam bilhões de dólares, com a Meta prevendo uma perda de $10 bilhões em 2022. A capacidade de rastrear as atividades dos usuários online é uma fonte significativa de receita para empresas que utilizam a publicidade como forma de monetização. Desde então, a Apple e a Meta têm trocado críticas a respeito desse problema de rastreamento de aplicativos.
As alegações feitas pela Meta na Meta poderiam não apenas violar as políticas da Apple, mas também resultar em possíveis violações das leis relacionadas à coleta não autorizada de dados do usuário.
Em agosto, Felix Krause, um pesquisador de segurança, divulgou um artigo com o título “Instagram e Facebook têm a capacidade de monitorar todas as suas atividades em qualquer site através do seu navegador no aplicativo”, no qual ele compartilhou sua descoberta e explicou suas implicações.
“Segundo Kraus, o Instagram tem a capacidade de observar as atividades em páginas externas sem a autorização do usuário ou do provedor do site.”
Em um tweet recente, Krause mencionou que enviou sua pergunta ao Meta aproximadamente 9 semanas antes de divulgar sua pesquisa, mas não recebeu resposta. Posteriormente, após seu estudo se tornar popular, o Meta entrou em contato com o pesquisador em meados de agosto, afirmando que “o sistema que eles desenvolveram respeita a decisão de privacidade do usuário”.
A Meta afirmou que as alegações feitas no processo não têm fundamento, conforme comunicado da empresa à Bloomberg. A companhia responsável pelo Facebook e Instagram assegura que desenvolveu o navegador do aplicativo de forma a respeitar as preferências de privacidade dos usuários.
Tópicos de discussão incluem a empresa Apple, a rede social Facebook, o sistema operacional iOS, o smartphone iPhone e a empresa Meta.
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